Palestras levam conceito de inteligência emocional a estudantes de escolas públicas no país

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman diz que a educação é vítima da “modernidade líquida”, caracterizada por volatilidade, incerteza e insegurança do indivíduo. O impacto dela nas escolas acontece através das crises de atenção e de impaciência. Sem saber lidar ao certo com isso, a maioria dos colégios continua com seus processos antigos, colocando nas universidades alunos despreparados emocionalmente.

O contrassenso é que o mercado de trabalho exige cada vez mais profissionais com habilidade de solucionar problemas, que valorizam o trabalho em equipe e a comunicação, a chamada inteligência emocional. No Brasil, segundo o psiquiatra e educador, Augusto Cury, temos mais de 40 milhões de alunos nas escolas, enquanto apenas 350 mil praticam atividades escolares de desenvolvimento da emoção.

A questão então é: como as escolas brasileiras podem formar alunos no ensino médio capazes de lidar com a experiência socioeducativa da universidade? Um dos 10 maiores grupos educacionais privados do país, a Unicesumar, acaba de fazer uma parceria com a renomada máster coaching e sócia da empresa O Valor da Experiência, Paula Marjorie, para desenvolver quatro webinars e palestras em escolas públicas com temas relacionados à inteligência emocional.

“O objetivo da parceria é trabalhar o comportamento e a tomada de decisão com os jovens. O principal desafio do estudante é ter clareza nas suas escolhas, aprender a lidar com seus medos e como conseguir controlar seus pensamentos”, afirma Paula.

Atualmente 20% dos alunos que se matricularam nos cursos da Unicesumar no último vestibular vieram diretamente do ensino médio. “Fazemos um trabalho focado de adaptação desse aluno ao modelo de aprendizagem na Unicesumar, que é dinâmico e focado no mercado de trabalho”, afirma o diretor comercial da instituição, José Henrique Saviani.

“Nas palestras, vamos trabalhar as 24 forças de caráter que as pessoas possuem e indicar quais são as cinco mais fortes de cada um”, afirma a coaching.

É bom lembrar que “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver” são os quatro pilares que a Unesco determina como alicerces do ensino para os alunos e futuros profissionais impulsionarem habilidades que podem ser aprendidas não mergulhando em conteúdos didáticos, mas por meio do envolvimento com projetos multidisciplinares relacionados com questões sociais, comunitárias, históricas.